FIQ 2015 – Evento de quadrinhos ou doutrinação política?

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Quando era líder estudantil, achava muito chato aquelas intermináveis reuniões pra discutir política. As vezes era sábado a noite e estávamos lá, com “questões de ordem”, junto dos “companheiros”. Sim, eu desperdicei parte da minha adolescência ouvindo a lenga lenga da esquerda.

Mas havia uma compensação, os eventos de quadrinhos. Eles eram o exato oposto das monótonas reuniões políticas. Você entrava em outro mundo, de fantasia, de ficção científica, sword and sorcery, humor. O importante era se divertir, conhecer pessoas, ver coisas novas e interessantes. Eu podia sair de uma chata reunião política pra um evento desses e deixava as discussões sérias pra trás.

Mas as coisas aparentemente mudaram. Eu fiquei estupefacto quando vi a programação do evento Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), a ser realizado esta semana em Belo Horizonte, Minas Gerais. Quase todas as discussões são relacionadas a política, o evento parece ser direcionado a um único objetivo,  (des) educar os participantes para as ideologias políticas que contaminaram os quadrinhos.

Veja estes exemplos:

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19h | Política e quadrinhos | Alexandra Moraes, Alexandre Beck, Marcelo D’Salete e Thaïs Gualberto | Mediação: Fabiano Barroso

As relações de poder e suas representações nos quadrinhos.

O principal debate do dia vai discutir “relações de poder”, isso é uma temática própria do filósofo francês Michel Foucault, querido nos cursos de ciências sociais e baluarte das ideias de esquerda; qual a utilidade de discutir isso em um evento de quadrinhos?

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13h | Conversa em quadrinhos com Gail Simone | Mediação: Ana Koehler

A artista, uma das responsáveis por incentivar novas abordagens quanto à representatividade feminina nos quadrinhos, fala sobre sua carreira e os desafios enfrentados no caminho.

Gail Simone, ex-cabeleireira, feminista radical. Não tem nenhum trabalho de destaque, é mais conhecida por estragar personagens alheios como Sonja e Vampirella. O que vem fazer no Brasil? Resposta óbvia, doutrinar para a sua ideologia.

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15h | Que diferença faz? Que diferença fez!

O FIQ adere a campanha do Ministério Público do Estado de Minas gerais, acreditando na importância de mobilizar a sociedade contra a discriminação, estimulando o respeito às diferenças.

Isso me cheira a doutrinação, ainda mais se tratando de projeto do governo. Do que vão falar? Todo o papo de respeito as diferenças é máscara para ideologias estapafúrdias, neofascismo, censura de conteúdo e lavagem cerebral.

Aqui temos apenas alguns exemplos, mas haverá muito mais, com certeza todos os debates vão ser direcionados pela curadoria do festival para manipular a mente da rapaziada. Tenho pena da geração atual, não sabem mais se divertir, tudo que eles fazem vem com discursinho progressista, vitimista, rancoroso e ressentido. É uma geração que vai se tornando cada vez mais infantilizada, mimada. Esses eventos de quadrinhos vem alimentar isso.

Na época em que eu era do movimento estudantil, depois das reuniões sempre tinha uma festinha, era uma forma de prender o pessoal, fidelizar aos partidos, primeiro tinha aquela saraivada de discurso alienante, depois a diversão. Hoje é o contrário, eles fingem que estão produzindo um evento de entretenimento e no meio inserem a sua agenda. Eu não poderei ir ao evento, adoraria, porque o povo mineiro é muito gente boa, eles tem ótimos queijos e cachaças e atendem telefone falando “uai”, mas não vou poder ir, fica registrado o meu protesto. E se você vai ao evento, proteste também, boicote as mesas sobre política, faça barulho, faça cartazes mandando Gail Simone e sua legião de feminazis de volta pra casa.

O pior de tudo mesmo é saber que o FIQ é um evento promovido pela prefeitura de BH, com dinheiro público. Ou seja, quem paga para ser idiotizado é o próprio idiota.

9 comentários

  1. Fico pensando, se surgisse uma edição com temas como “O objetivismo de Ayn Rand nos quadrinhos” ou então “Guerra Civil e o Libertarismo”, o quanto a legião dos lobotomizados não iria espumar de raiva.

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  2. Fiquei interessado em passar longe. Eles criam essa caricatura grotesca da sociedade para vender agenda política. Pelo que a cabeleireira Gail Simone falou, parece que nossa sociedade ocidental é uma espécie de mundo nazista onde minorias são mutiladas por soldados nazistas. Claro que é um estigma nojento.

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  3. Ce ta virando o Olavo de carvalho do mundo das HQs, quem define o que entra em quadrinhos é o publico pagante com uma mãozinha do Lobby é claro, mas não dá pra empurrar goela a baixo algo que o público rejeite 100% anos 90 o hype era a violencia extrema e visual, hoje é a ”justiça social” as pessoas tem interesse por isso ou talvez um pequeno grupo de banqueiros judeus esta manipulado tudo

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