Listas

Os 13 piores sites sobre quadrinhos de todos os tempos

nerd

Faz parte do ofício da crítica de quadrinhos ler o máximo possível do que se escreve a respeito, e hoje se escreve principalmente na internet. Percorro centenas de sites sobre quadrinhos em vários idiomas, dos mais relevantes aos mais obscuros. Neste périplo, percebi um decréscimo monstruoso da qualidade do discurso nos últimos cinco anos. Os quadrinhos vem deixando de ser vistos como um entretenimento e tem se tornando veículo de bandeiras políticas bizarras, ofensivas e paranoicas.

Isto me levou a elencar os treze piores sites da internet, aqueles que vem deturpando o sentido e os objetivos das histórias em quadrinhos; de entretenimento saudável, propulsor da imaginação e da fantasia de crianças, jovens e adultos, para uma espécie de cartilha ideológica pós-moderna disfarçada de produto, disfarçada de arte, pronta para ser usada para a doutrinação, para o condicionamento comportamental e apta para a aceitação em meios intelectuais elegantes; contrariando a tradição cultural dos quadrinhos como uma forma de arte popular, descompromissada com bandeiras ideológicas socialmente aceitas, uma arte subversiva e anárquica.

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Os 13 piores gibis de todos os tempos

Gosto de fazer listas, nelas posso escrever sobre gibis de diferentes tipos. Já listei meus vinte preferidos e, como não podia deixar de acontecer, vou falar sobre os que considero os piores. Há gibis que entraram nessa seleção por serem ruins mesmo, mal desenhados, com péssimas histórias; outros por serem sentimentalistas, clichês, políticos, mas a maioria está aqui por ser pedante demais, por ser “arte” demais. Não há nada pior do que um gibi que quer ser mais do que é, um gibi. O principal pecado de um criador de gibis é querer mudar o mundo, as artes, a vida, querer fazer algo além de divertir, o maior pecado é esquecer que um gibi se destina a fazer passar o tempo de maneira mais agradável, libertar a imaginação e, talvez, emocionar honestamente, com inteligência.

Aqui está a minha lista daqueles gibis em que os autores, por uma razão ou outra, cometeram esses pecados.

complô

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Cinco adaptações fantásticas de H. P. Lovecraft

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Seria impossível fazer um resumo de toda a influência da ficção de H. P. Lovecraft nas artes do entretenimento. Há referências a obra dele em praticamente todas as linguagens, cinema, música, RPG, literatura, games, desenhos animados e, é claro, quadrinhos. Mesmo em se tratando somente de quadrinhos, seria impossível rastrear tudo que se fez de referência ao trabalho deste que é o mais bizarro e assustador escritor de histórias de horror de todos os tempos, é uma lista praticamente infinita. Hoje é celebrado seu aniversário de 124 anos de nascimento, muitas homenagens serão feitas na internet. Há alguns dias venho lendo e relendo as histórias em quadrinhos relacionadas a sua ficção que mais me impressionaram, vou apresentar cinco delas aqui.

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Meus vinte gibis preferidos

Tem gente que diz que eu não gosto de nada, que eu detono tudo, que meu blog é só pra reclamar e causar com fãs de quadrinhos. Não é verdade.

Pra calar a boca da oposição, decidi publicar a minha listas de gibis preferidos e explicar com algumas palavras o porquê de eu gostar deles. A lista surgiu como resposta a uma enquete em uma rede social, nunca tinha feito isso antes e acrescentei apenas umas três correções.


Conan de Roy Thomas

Conan de Roy Thomas

01 – Conan de Roy Thomas

Roy Thomas conseguiu manter nos quadrinhos toda a essência do personagem de Robert E. Howard, é por isso que seu Conan é insuperável e está em primeiro nesta lista.

Estava me perguntando se não teria me tornado um saudosista com essa coisa de cultuar Conan. Não gosto de saudosismo porque sou novo, ainda vou fazer 33. Muito novo pra ficar relembrando a infância. “Ah o primeiro gibi que li, como era bom, e tudo hoje é ruim”. Acho isso patético, a não ser que você tenha 60 anos.

 

Gosto do universo do Conan, mas não é por saudosismo, é porque é pura fantasia, tem elementos de magia, referências (pseudo) históricas, deuses estranhos e muita violência. A era hiboriana do Robert E. Howard é interessante pra mim como uma fuga, puro escapismo, apesar de ter elementos bem realistas incluídos por Howard.

Por ele ser um pessimista nato, fez dos hiborianos um retrato do que há de pior na humanidade, e condenados ao devir. É a versão trágica da história humana, como eu costumo dizer, lembrando que tragédia era um gênero de ficção, do teatro grego, onde o homem é preso ao fatalismo. A história de Conan é trágica. Assim a das civilizações hiborianas, dos grandes reinos esplendorosos que se erguem por um momento para logo caírem em decadência e virarem poeira. A civilização humana é destinada a tragédia e ao esquecimento.

Isso me lembrou uma vez em que conheci um senhor de uns 60 anos, jornalista muito culto, pesquisador de ocultismo, que me disse que gostava de Conan, na época eu achava que gente velha não gostava de quadrinhos, especialmente um homem culto.

Perguntei “O senhor sabe que Conan veio da literatura né?”.

“Sim, mas o autor era doido, se suicidou aos 30 anos.”

“Será mesmo?”.

“Sim, senão ele não teria criado Conan”

Assustado, troquei de assunto.


 

EC Comics

EC Comics

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