Arte

Por que os quadrinhos?

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Vou conduzir você por esta história curta de Daniel Clowes que, a meu ver, é uma viagem pela mente de quem escolheu os quadrinhos como meio de expressão. Não vou falar sobre Clowes e o trabalho dele, deixa pra outra hora. Só vou propor uma leitura conjunta pela via pessimista do autor, venha comigo, você vai ser o protagonista da história.

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David Lasky e o embuste nos quadrinhos contemporâneos

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A arte moderna, baseada em novas teorias estéticas, filosóficas e da comunicação, trouxe inúmeras novas possibilidades de realizações artísticas. Nem preciso citar o surrealismo ou o expressionismo para provar isso. Foi um grande avanço, um legado para o mundo contemporâneo.

Porém este mesmo avanço trouxe, como um vírus que se ocultava em células saudáveis, a possibilidade do embuste. Os primeiros a se aproveitarem disso foram os conhecedores das teorias que davam base para as novas escolas artísticas; os curadores, galeristas e artistas sem talento passaram a ludibriar as pessoas mais simples, sem conhecimento do universo teórico.

Logo surgiu o “tudo é arte”, e uma série de obras sem valor tomou conta do meio artístico, quase substituindo e destruindo as realizações legítimas. É a chamada “arte contemporânea”, que ninguém pode questionar sem ser taxado de ignorante. Hoje pode-se deparar com uma obra de arte que consiste em um cachorro faminto amarrado em uma galeria, abandonado lá até a morte; um monte de tijolos amontoados; um homem que enfia um crucifixo no ânus; uma rajada de vento; uma cama desarrumada com preservativos usados; uma mulher que enfia salsichas na vagina; carros pendurados no telhado; um tubarão em formol; um papel que certifica “vale uma obra”.  Tudo isso é arte. A crítica mexicana Avelina Lésper é uma das poucas no mundo que desmascara essas farsas.

E os quadrinhos, o que tem a ver? É óbvio, notei que essas teorias, na categoria doentia do embuste, já vem sendo aplicadas aos quadrinhos. Atualmente já existe uma súcia de artistas que vive da falsificação pura e simples. Sem talento ou capacidade alguma, extraem fama e reconhecimento do meio onde medram estudiosos, editores e críticos embusteiros, todos tentando enganar o público com obras sem valor algum.

Afinal, “tudo é arte, tudo é quadrinhos” mesmo os rabiscos de uma criança débil mental, e um público de deslumbrados, com medo de serem chamados de ignorantes, cala a boca.

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Abrindo a Caixa #4

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Gibi

Poucas pessoas já devem ter parado pra pensar que no Brasil temos palavras únicas e belíssimas. Nosso jeito de falar o português é incomparável.

As palavras Gibi e Quadrinho, por exemplo. Não me consta que sejam usados termos semelhantes em nenhum outro país.

Em italiano os quadrinhos são chamados de Fumetti; na França eles são Bande Dessinée; em Portugal, Banda Desenhada; nos Estados Unidos chamam-se Comics; Na Espanha as revistas são chamadas de Tebeos; No Japão são mangás, os desenhos irresponsáveis. Em outros países latinos são chamados de Historietas.

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