Mês: agosto 2014

Abrindo a Caixa #1

Mulher-Aranha de Manara

Mulher-Aranha de Manara

Não se faz mais blogs sem redes sociais, é lá que recebemos as notícias e a maior parte da interação com os leitores, eu escrevo muito por lá. Mas tudo se perde, de maneira que algumas coisas precisam ser resgatadas e guardadas aqui. Por isso tive a ideia de criar essa coluninha ocasional, pra não perder as ideias, comentários sobre notícias e outras bobagens que escrevo sobre quadrinhos.

Coloristas, assassinos de gibis

Desculpa ai os colegas que hoje trabalham pro mercado americano colorindo HQs de super-herói, mas uma coisa que eu observei outro dia foi a péssima qualidade do trabalho de colorização feito nos gibis atuais. É tanta cor terciária, tanta frieza, tanto “realismo” que estraga os desenhos. Dei uma olhada em umas edições de X-Men e não consegui nem entender o que se passava. Achei que era só um exemplo ruim, mas vi que não, olhei uma edição dos Vingadores com desenho do brasileiro Mike Deodato e não entendi nada, olhei alguns gibis da DC e percebi que, com poucas exceções, esse colorido é uma tendência.

Além de tudo ser escuro e parecer noite, o trabalho do desenhista fica enterrado naquelas inúmeras camadas de pixels, não se reconhece de pronto o traço do artista. O arte-finalista, então, além de enterrado, está morto, as hachuries perderam o sentido de existir e parecem sujeira, não há como criar textura, os coloristas estragam tudo.

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Como o esquerdismo se tornou kryptonita para o Superman!

superman-comuna

O domínio da indústria de quadrinhos pelos esquerdistas foi denunciado pelo Caixa de Gibis vários anos atrás, muitas pessoas me chamaram de louco, paranoico, teórico da conspiração e discípulo de Reinaldo Azevedo (a pior ofensa), mas o que eu dizia não eram delírios, eram fatos coletados em mais de vinte anos lendo quadrinhos e observando a postura de editores, artistas e escritores do ramo. Poucos críticos já se pronunciaram sobre o assunto, no Brasil nenhum além de mim. Artistas sempre preferem não se comprometer com posições contrárias ao sistema do qual dependem financeiramente, assim, a militância política esquerdista que domina as editoras prevalece com sua Agenda inserida nos gibis.

Porém dois artistas corajosos decidiram se pronunciar contra esse abuso. Em 8 de junho de 2014, Chuck Dixon e Paul Rivoche assinaram o artigo “How Liberalism became Kryptonite for Superman”, no The Wall Street Journal. O artigo teve ampla repercussão na mídia de quadrinhos dos EUA e levou os dois até a debates na Fox News. Os esquerdinhas americanos ficaram furibundos! No Brasil o artigo foi quase ignorado. Decidi traduzir o texto para provar que eu não estava delirando todos esses anos. Existe sim uma Agenda!

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Cinco adaptações fantásticas de H. P. Lovecraft

Lovecrafthq

Seria impossível fazer um resumo de toda a influência da ficção de H. P. Lovecraft nas artes do entretenimento. Há referências a obra dele em praticamente todas as linguagens, cinema, música, RPG, literatura, games, desenhos animados e, é claro, quadrinhos. Mesmo em se tratando somente de quadrinhos, seria impossível rastrear tudo que se fez de referência ao trabalho deste que é o mais bizarro e assustador escritor de histórias de horror de todos os tempos, é uma lista praticamente infinita. Hoje é celebrado seu aniversário de 124 anos de nascimento, muitas homenagens serão feitas na internet. Há alguns dias venho lendo e relendo as histórias em quadrinhos relacionadas a sua ficção que mais me impressionaram, vou apresentar cinco delas aqui.

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A primeira vez que li Watchmen

Watchmen

Foi lá pelos quinze anos, na segunda tentativa de fazer o primeiro colegial (a primeira eu abandonei pra fazer cursos de desenho), que eu conheci Watchmen.

Sempre odiei os horríveis professores, preferia os gibis, dai matava aula na gibiteca da cidade. Mas andava meio ensimesmado com super-heróis, já tinha passado pela doutrinação esquerdista e via eles como “agentes do imperialismo americano”, então buscava coisas diferentes pra ler.

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